INTRODUÇÃO
Neste trimestre de mais uma maravilhosa
revista das Lições Bíblicas que se encerra, iremos fazer um resumo de toda
epístola escrita pelo apóstolo Tiago, enfatizando os elementos mais importantes
do conteúdo desta carta tão valiosa nos tesouros da revelação e da sã doutrina
divina, além de explanarmos sobre a última lição deste trimestre.
Nossa
análise fará uma retrospectiva do conteúdo de Tiago, capítulo por capítulo,
fazendo uma revisão por parágrafos, destacando o ensino de cada capítulo
ligando com todo o contexto da epístola e também da Bíblia. Somente o ensino
será destacado, questões técnicas de maior profundidade serão omitidas,
excetuando-se as questões introdutórias como contexto histórico, autoria, data,
destinatários e etc.
A
EPÍSTOLA DE TIAGO
Contexto histórico e os
destinatários originais
A
epístola de Tiago possui um conteúdo essencialmente prático e atemporal. É um
chamado ao verdadeiro cristianismo e um ataque à hipocrisia religiosa de nossos
tempos, assim como o foi para seus destinatários originais (Tg 1. 1). Esses
destinatários são identificados como sendo as doze tribos que andam dispersas. Ao
falar em “tribos”, tem-se a ideia que a epístola se dirige aos cristãos de
origem judaica, que antes seguiam o judaísmo e guardavam a lei de Moisés e que
agora moravam fora de Israel, devido a dispersão causada pela perseguição. Eles
ainda eram maior número nas igrejas recém nascidas da Judeia. Dentre eles
estavam ex-fariseus e ex-escribas, pessoas muito apegadas ao legalismo (At 13.
43; 15. 5; 21. 20). Esse legalismo foi o motivo do Concílio de Jerusalém (At
15) e a razão que levou Tiago a escrever sua epístola, aos que achavam que
a sinagoga e a igreja eram a mesma coisa (At 15. 1). Eles confundiam a Lei de
Moisés com a Graça de Cristo, semelhantemente como os gálatas assim faziam, os
quais foram advertidos duramente por Paulo (Gl 2. 21; 5. 2-6). A Bíblia como um
todo deixa claro a diferença entre as dispensações da lei e a da graça (Jo
1.17; At 15. 7-11; Rm 4.16; 5.20; 6.14; 1Co 7. 19; Gl 3. 18-29; 4. 28). Não
pode haver confusão nessa questão.
Data em que foi escrita
Deduz-se
pela evidência histórica que Tiago pode ter escrito sua epístola pouco
depois do Concílio de Jerusalém (cerca de 45 d.C, At 15) quando os cristãos,
inclusive os de origem judaica já haviam sido espalhados por causa da
perseguição que sobreveio à igreja após o martírio de Estêvão (At 6 – 7; veja
11. 19). Isso é evidência que a igreja primitiva era recém nascida e que a
maioria dos cristãos era realmente de antigos seguidores da Lei mosaica que
estavam e com a entrada em massa dos gentios na igreja de maioria judaica,
tinham que se relacionar com eles. E estavam “dispersos” (Tg 1.1) devido a essa
perseguição por serem cristãos. A epístola foi escrita mais precisamente em 46
d. C., ou seja, um ano após o Concílio de Jerusalém.
Objetivo da epístola
Tiago
procura definir a verdadeira fé revelada em Cristo, o que não tem nada a ver
com a antiga religião legalista judaica baseada na lei de Moisés (Mt 9. 16, 17),
a qual os “judaizantes” insistiam em ensinar que era necessária ser observada
para se alcançar a salvação (Conforme nos informa At 15. 1, 5). Isto causava
confusão com relação a ligação entre a fé e as obras e o valor que ambos
desempenham na salvação (At 15. 5-8).
Tiago ensina
que o legalismo deve ser abandonado e uma nova vida interior deve ser
demonstrada exteriormente pelas obras, não na auto confiança das obras em si
por se realizar certos regulamentos, mas por permitir que Cristo exerça seu
senhorio, transformando a vida legalista pecaminosa em uma vida santificada e
regenerada cheia da sua graça.
O AUTOR TIAGO
O Novo Testamento
menciona no mínimo quatro homens por nome Tiago:
(1) Apóstolo, filho de Zebedeu e irmão mais
velho do apóstolo João (Mc 1.19; 3.17). Era pescador (Lc 5.10). É mencionado em
(Mt 17.1-8, Mc 10.41). Foi morto por ordem de Herodes Agripa I (At 12.2).
(2)
Apóstolo, filho de Alfeu (Mt 10.3; At 1.13).
(3) Irmão
de Jesus (Mt 13.55), convertido após a ressurreição (Jo 7.5), e pastor da
Igreja de Jerusalém (At 12.17; 15.13; 21.18; Gl 1.19; 2.9). Foi morto em 62.
(4) Pai do
apóstolo Judas, não o Iscariotes (At 1.13).
(Dicionário da Bíblia de Almeida. SBB,
pág. 106)
O Tiago, meio
irmão do Senhor “antes não acreditava em Cristo mas ficou convicto do caráter
messiânico de Jesus, evidentemente através da aparição
pessoal a ele, após a ressurreição de Cristo. Subsequentemente,
tornou-se o líder principal da igreja de Jerusalém, uma figura de estatura sumo sacerdotal, muito respeitado entre
judeus e cristãos, igualmente. (CHAMPLIM. Russel Normam. Novo Testamento Interpretado Versículo
Por Versículo, Hagnos. Volume 6, pág. 4). Segundo Champlim,
não tem como se saber com certeza que Tiago, irmão do Senhor, de fato escreveu
a epístola.
Mas um
exame mais apurado pode demonstrar que a identificação da autoria não vem
apenas da tradição antiga, mas de evidências internas contidas no texto da
própria epístola.
Segundo a evidência e a
tradição interpretativa, dentre tantos “Tiagos” mencionados nas Escrituras, o
testemunho aponta para Tiago, meio irmão do Senhor
(Ver Gál. 1:19; 2:9,12; I Co 15:7; Atos
12:17; 15:13 e 21:18). (Op. Cit).
De
acordo com Charles C. Ryrie: “Dos quatro
indivíduos identificados como Tiago, no Novo Testamento, somente dois têm sido
propostos como o autor desta carta – Tiago, filho de Zebedeu (e irmão de João)
e Tiago, o meio irmão de Jesus. É pouco provável que Tiago, filho de Zebedeu,
tenha sido o autor, visto ter sido martirizado em 44 d.C (At 12. 2). O tom de
autoridade evidente na carta não apenas elimina os outros dois Tiagos menos
conhecidos, do Novo Testamento (Tiago, o menor e o Tiago de Lucas 6. 16),
mas aponta para o meio irmão de Jesus, que veio a ser o líder reconhecido na
igreja em Jerusalém (At 12. 17; 15. 13; 21. 18). Esta conclusão é apoiada pelas
semelhanças existentes (no texto grego) entre esta carta e o discurso de Tiago,
no Concílio de Jerusalém (Tg 1. 1 e At 15. 23; Tg 1. 27 e At 15.14; Tg 2. 5 e
At 15. 13).” -A
Bíblia Anotada, Expandida. Mundo Cristão, pág. 1213.
Além do mais, Douglas J. Moo no seu livro: Tiago - Introdução e Comentário, pág 18,
da Editora Vida Nova, assim afirma:
“O Tiago da carta não precisa, é
claro, ser identificado com algum Tiago mencionado no Novo Testamento. Mas o
uso de um único nome numa carta escrita com tamanha autoridade deixa
subentendido que o autor era uma figura bem
conhecida e que seria improvável que tal
indivíduo pudesse passar sem ser mencionado no Novo Testamento. Dos quatro
Tiagos do Novo Testamento, apenas o filho de Zebedeu e o irmão do Senhor
destacam-se como proeminentes. Entretanto, Tiago, o filho de Zebedeu, morreu
martirizado em 44 A.D. (At 12.2), e é improvável que a epístola tenha sido
escrita numa época tão remota. Ficamos, então, com Tiago, o irmão do Senhor,
como o mais provável autor da epístola.”
A morte de Tiago
Segundo uma
passagem nas Antiguidades Judaicas, de Flávio Josefo, "o irmão
de Jesus, que era chamado de Cristo, cujo nome era Tiago" encontrou a
morte após a do procurador Porcius Festus, antes que Lucceius Albinus fosse
empossado - cuja data é 62 d.C. O sumo-sacerdote Ananus ben Ananus tirou
vantagem desta falta de controle imperial para reunir o Sinédrio que condenou
Tiago "sob acusação de ter violado a Lei" e logo o executou por
apedrejamento. Josefo relata ainda que o ato de Ananus foi amplamente
considerado como um assassinato judicial e teria ofendido muitos dos ‘que eram
consideradas as pessoas mais justas da cidade, e estritas na observância da
Lei’, que chegaram a se encontrar com o procurador Albinus para pedir-lhe que
interferisse no assunto. Como resultado, o rei Agripa trocou Ananus por Jesus,
filho de Damneus.
George Albert
Wells contesta a identificação de Tiago que foi executado por Ananus ben Ananus
com Tiago, o Justo, considerando as palavras "que era chamado Cristo"
como sendo uma interpolação posterior.
Eusébio de
Cesareia, citando o relato de Josefo, preservou o registro de passagens das
hoje perdidas obras de Hegésipo e Clemente de Alexandria. O relato de Hegésipo
é um pouco diferente do de Josefo e pode ter sido uma tentativa de
reconciliá-los combinando-os. De acordo com Hegésipo, os escribas e os fariseus
foram até Tiago em busca de ajuda para eliminar as crenças cristãs. O relato
diz:
“Eles vieram,
portanto, em grupo até Tiago e disseram: ‘Nós te suplicamos, contenha o povo:
pois eles se desviaram em suas opiniões sobre Jesus, como se ele fosse o
Cristo. Nós te suplicamos, convença todos que vieram aqui para o dia da Páscoa,
sobre Jesus. Pois nós todos ouvimos sua persuasão; pois nós também, assim como
todo o povo, somos testemunhas que tu és justo e não mostras preferência por
ninguém. Convence portanto o povo a não entreter opiniões errôneas sobre Jesus:
pois todo o povo, e nós também, ouvimos a sua persuasão. Tome uma posição
firme, então, no alto do templo, de modo que possas ser visto claramente por
todos, e tuas palavras possam ser claramente ouvidas por todos. Pois, para
comemorar a Páscoa, todas as tribos vieram para cá e também alguns gentios.’
Para desgosto
dos escribas e os fariseus, Tiago corajosamente testemunhou que Cristo "senta-se
no céu do lado direito do Grande Poder e retornará nas nuvens celestiais".
Então eles confabularam entre si "Erramos ao procurar seu testemunho
sobre Jesus. Vamos então subir e jogá-lo de lá, para que eles tenham medo e não
acreditem nele.” (Fragmentos
dos "Atos da Igreja" sobre o Martírio de Tiago, o irmão do Senhor.)
Assim, os
escribas e os fariseus: “...lançaram abaixo o homem justo... [e] começaram a
apedrejá-lo, uma vez que ele não morrera na queda; Mas ele virou e se ajoelhou
e disse: "Eu imploro-te, Senhor Deus nosso Pai, perdoa-os pois eles não
sabem o que fazem."
E, enquanto eles
estavam apedrejando-o até a morte, um dos sacerdotes, dos filhos de Recabe, de
quem testemunhou Jeremias, o profeta, começou a gritar, dizendo: "Parem,
o que estão fazendo? O homem justo está rezando por nós.". Mas um
dentre eles, um dos tintureiros, tomou seu cajado com o qual ele estava
acostumado a manipular as vestes que tingia, e atirou na cabeça do homem justo.
E assim
ele sofreu o martírio; e eles o enterraram ali mesmo, e o pilar que foi erguido
em sua memória ainda está lá, perto do templo. Este homem foi uma testemunha
verdadeira tanto para os judeus quanto gregos de que Jesus é Cristo.” (Fragmentos dos "Atos da
Igreja" sobre o Martírio de Tiago, o irmão do Senhor).
ESBOÇO
DA EPÍSTOLA DE TIAGO
Tema e
ideia central de Tiago:
A
veracidade da fé salvífica demonstrada na vida prática
Versículo
fundamental: Tg 1. 27
ESTILO
Os
estudiosos da Antiguidade nos dizem que o que Tiago escreveu não foi bem uma
carta, mas uma diatribe
sapiencial, isto é, um sermão para ser lido em voz alta nas igrejas a fim de
admoestar os ouvintes a um estilo de vida piedoso. A diatribe parece ter sido
inventada por certo Bio, tornando-se bastante popular entre os filósofos
cínicos e estoicos, principalmente Luciano, Epiteto e Sêneca. Horácio, o poeta
da corte do imperador Otávio Augusto, as chamava de “sermões”. Dentre os
cristãos, o que mais utilizou a diatribe foi Tertuliano. Talvez o termo
diatribe tenha sido escolhido para descrever o tipo de sermão usado por esses
sábios antigos porque o verbo grego diatribo
significa “passar o tempo” ou “esfregar”, dando a entender que
o momento da diatribe é um tempo dedicado a passar as coisas a limpo, isto é, a
hora de dizer sinceramente aos ouvintes onde residem suas dificuldades a fim de
propor-lhes que emendem seus caminhos. (TORRES, Milton L., Tiago - Retratos da natureza humana, páginas 5, 6).
ESBOÇO
Este
esboço abaixo leva em consideração os parágrafos do conteúdo de Tiago, os quais
comentaremos. O conteúdo esboçado a baixo mostra os vários tipos de pessoas que
existem nas igrejas, levando em consideração tanto sua fé como seu
comportamento, ou seja sua forma de demonstrar a fé. Este esboço é encontrado
no belo trabalho de Milton L. Torres, Tiago
– Retratos da Natureza Humana, página 9 e adaptado por mim.
(Link:
http://www.academia.edu/533923/Tiago_retratos_da_natureza_humana).
CAPÍTULO 1
* O homem de duas caras (1:3-8)
* O homem bem-aventurado (1:9-18)
* O homem que se olha no espelho
(1:19-27)
CAPÍTULO 2
* O homem com o anel de ouro no
dedo (2:1-13)
* O homem insensato (2:14-26)
CAPÍTULO 3
* O homem “perfeito” (3:1-12)
* O homem sábio e entendido
(3:13-18)
CAPÍTULO 4
* O homem infiel (4:1-10)
* O homem que sabe o bem que deve
fazer e não o faz (4:11-17)
CAPÍTULO 5
* O homem opressor (5:1-6)
* O homem perseverante (5:7-12)
* O homem de fé (5:13-20)
RESUMO
E ANÁLISE DA EPÍSTOLA DE TIAGO
CAPÍTULO 1
* O homem de duas caras
(1:3-8).
Tiago inicia
sua epístola abordando o tema da alegria
em meio as provas da vida (v. 2). Essas provas não devem ser
encaradas como algo essencialmente maligno (Rm 8.28; Hb 12. 11), mas como algo
com o qual Deus poderá usar para nos abençoar ainda mais e nos trazer mais
experiências na vida cristã, se permanecermos fiéis diante das tentações (v. 3,
cf. Rm 5. 2-5; 2Pe 1. 5-10). O meio irmão do Senhor diz que a nossa paciência
(v. 4; Lc 21, 19) e a nossa sabedoria (v. 5; Tg 3. 17) são aperfeiçoadas quando
somos provados e que se nós não estivermos conseguindo suportar a provação,
temos que pedir ao Senhor a paciência e a sabedoria necessárias para
suportá-las, vencê-las e sermos aprovados (Pv 2. 3-6). Um boa forma de vencer
as provas e tentações, de fato, é orando (v. 6; 1Sm 1. 9-18; Sl 116.1-6; Tg 5.
13a). Não adianta orar sem fé e sem obedecer a Deus (v. 6b; Tg 4. 3), pois Deus
não ouve esse tipo de oração (v. 7; Sl 66. 18). O homem de coração dobre (ou
seja, o crente de duas caras, de coração dividido) e que é inconstante (isto é,
indeciso, sem firmeza) em todos os seus caminhos (ou seja, naquilo que ele
pratica) é um candidato a não ter suas orações respondidas.
* O homem bem-aventurado
(1:9-18).
Quando a
tentação ou a provação chega ela não faz distinção entre rico (v.10) e nem
entre o pobre (v. 9), mas tanto o rico como o pobre devem continuar firmes no
Senhor e honrando o bom nome de “servo de Deus”, ou de “cristão” (Pv 22. 1, 2;
At 11. 26).
O
pobre deve gloriar-se em Deus quando o Senhor o exaltar após passar pela prova
(Lc 6. 20); da mesma maneira que deve o crente que é rico continuar se
regozijando em Deus, no caso de ele fatidicamente perder suas posses (Lc
19.8,9; Hb 11. 24-26). A vida tem altos e baixos, quem está exaltado hoje
poderá ver uma inversão de papéis onde o abatido será exaltado e o exaltado
passará como uma flor que murcha com o tempo e finalmente fica seca (Is 40. 7).
O pobre e principalmente o rico devem lembrar que “ele passará como a flor da
erva” (vv. 10, 11), isso vale para todas as pessoas (1Pe 1. 24) no entanto
“aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2. 17). Deus
também não faz distinção de pessoas quando deseja abençoá-las por sua
fidelidade (Jó 34. 19; At 10. 34; 15. 9; Rm 2. 11; 10. 12; Gl 2. 6; Ef 6. 9).
Essa bênção é para todos os que amam
ao Senhor e passam pelas provas. Para eles Deus tem uma
promessa: “receberá a coroa da vida” (v. 12).
Seria
contradição alguém pensar que um Deus de santidade e de amor se compraz em ver
seus filhos sob o peso das tentações e do sofrimento (Sl 56. 8-11), como se Ele
tivesse prazer no sofrimento dos seus servos ou fosse capaz de induzí-los
ao pecado, por isso não podemos murmurar contra Deus na hora da tribulação
(v. 13), pois não é Deus quem nos tenta, senão nossa própria natureza
pecaminosa (v. 14; Rm 8. 5-8). Se cedermos ao pecado, a culpa será toda nossa e
somos nós que teremos que arcar com as consequências (v. 15; Pv 8. 36; Ez 18.
20), sem colocar a culpa em Deus (Lm 3. 39). Por isso devemos tomar cuidado em
não pensar mal do Senhor (v. 16), pois Deus não envia o mal para seus servos
fiéis; muito pelo contrário, Ele envia o melhor (v. 17; Mt 7.11). Por isso, o
salvo que passa pela prova e é aprovado, é “bem aventurado” (v. 12). A bondade
do Senhor é provada pelo fato de Ele nos ver como sua criação mais importante e
nos incluir na vontade dos seus propósitos (v. 18). Ele nunca nos induziria a
algo que nos fizesse mal (1Co 10. 13).
* O homem que se olha no espelho
(1:19-27).
A verdade é que quando estamos irados ou angustiados, acabamos por falar coisas
que depois nos arrependemos, por isso temos que ser prudentes e pensar antes de
falar (v. 19; Pv 10. 19; Tg 3. 2) pois a ira não nos permite ser imparciais em
nosso julgamento da situação e sobre as pessoas (v. 20; Pv 15. 18). Uma palavra
mal falada pode produzir morte, mas a Palavra de Deus, segundo Tiago, “pode
salvar a vossa alma” (v. 21; Dt 32. 47; 2Tm 3. 15)!
Para que essa
Palavra divina tenha efeito em nossas vidas, primeiro temos que:
(1) Nos livrar de “toda imundícia
e acúmulo de malícia” (1Pe 2.1-3);
(2) Receber “com mansidão”
(submissão) esta palavra que nos é “enxertada”, ou seja, inserida dentro de
nós, participando de nossa essência (Mt 13. 23; Lc 8. 15; Rm 1. 5; Gl 5.
6; Hb 4. 2).
Assim
fazendo, não estaremos nos enganando como aqueles que são apenas ouvintes que
se declaram salvos em Cristo e têm um discurso bonito, mas não aplicam a
Palavra e as ordens de Deus em sua própria vida (v. 22; Jó 15. 31; Gl 6. 3; Tg
1, 26; 1Jo 1. 8).
Tiago então
compara o homem hipócrita que afirma ser salvo em Cristo mas, não obedece a
Deus como um homem que se olha no espelho para ver onde deve arrumar-se e então
sai da frente do espelho sem se ajeitar, esquecendo- se onde estavam os
defeitos que o espelho lhe mostrou (vv. 23, 24).
A Bíblia
é o espelho da alma que mostra-nos onde erramos ou precisamos melhorar. É
necessário que demos a ela total atenção, para que possamos ter uma vida que,
como um espelho limpo, reflita a glória do Senhor (v. 25; 2Co 3. 7, 8, 17,18;
Fp 2. 14-16).
Tiago
conclui este capítulo dizendo o que devemos fazer de prático para não sermos
meros religiosos inúteis, nos enganando na nossa falsa religiosidade:
(1) Refrear a língua (v. 26);
(2) Ajudar os menos favorecidos,
por exemplo “os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (v. 27a; Êx 22. 22);
(3) Tomar cuidado para não nos
contaminarmos com a influência maligna do mundanismo (v. 27b; Rm 12. 2; 1Jo 2.
15, 16).
Versículo chave: “O
homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.8).
Tema teológico abordado:
As provações e tentações da vida cristã e a importância da Palavra
de Deus.
Aplicação pessoal: Deus
nos TESTA, mas o diabo e nossa natureza carnal e pecaminosa nos TENTA. Se nos
revestirmos com a Palavra do Senhor poderemos vencer as provas e termos uma
vida espiritual cheia de alegria, independentemente da situação diante de nós.
CAPÍTULO 2
* O homem com o anel de ouro no dedo (2:1-13)
A acepção de pessoas é algo inaceitável na
igreja e uma demonstração de que não temos uma fé verdadeira em Cristo (v.
1; 1Tm 5.21). O exemplo disso dado por Tiago (vv. 2, 3) acusa algumas
pessoas da igreja a fazerem “distinção” e serem “juízes de maus
pensamentos”, pensamentos estes que olham os pobres como menos dignos que
os ricos. Nenhum pensamento podia ser mais errado, pois Deus cuida dos pobres e
os incluiu em sua providência (v. 5; Dt 15. 7; Mt 11. 5; Lc 6. 20)!
O irônico dessa situação é que os mesmos ricos
tão estimados nas igrejas eram os mesmos que perseguiam os crentes que se
desonravam entre si (v. 6) e mesmo que esses ricos fossem bem tratados na
igreja, eles continuavam a blasfemar de Deus e dos crentes (v. 7). Tiago
aconselha a igreja a não fazer acepção de ninguém (v. 8), lembrando que fazer
acepção de pessoas é pecado (v. 9). A lei requer total observância, em todos os
seus pontos (vv. 10-12), devemos ser justos em nossos julgamentos e não
desprezar aos outros (v. 13; Sl 82. 3).
* O homem insensato (2:14-26)
A fé é importante, mas segundo Tiago, a
fé verdadeira é acompanhada de um comportamento prático que evidencie uma
transformação interior dando testemunho da salvação de nossa vida (v. 14).
Ele novamente exemplifica a fé prática, e mostra a diferença entre falar e fazer (vv.
15, 16). O homem insensato fala mas não faz. Um tipo de fé que não é atuante é
uma fé sem valor algum (v. 17). Nós podemos falar que temos fé e que somos
obedientes, mas não podemos provar se não pormos nossa fé em prática quando a
situação assim requer (v. 18). Da mesma forma é a fé dos demônios, que sabem
que Deus é soberano, no entanto não lhe obedecem (v. 19).
O argumento de Tiago toma mais peso neste
trecho (v. 20). E mais uma vez ele exemplifica, se utilizando do poder da
Escritura, ao mencionar a história de Abraão e o oferecimento de Isaque (v.
21). Segundo Tiago, a fé que Abraão já tinha diante de Deus só foi confirmada
real depois de ele ter passado no teste (v. 22). A declaração da justiça de
Abraão, afirmada anos antes, foi consolidada quando Abraão demonstrou
obediência baseada na fé de que Deus cumpriria sua promessa a ele, mesmo que
ele sacrificasse seu filho, como Deus ordenou (v. 23; Hb 11. 16-18). A amizade
entre Deus e Abraão ainda mais se fortaleceu quando ele passou pela prova.
Outro Exemplo dado por Tiago é o do caso de
Raabe, que apesar de sua vida, creu em Deus e por isso ajudou os espias (v.
25). No v. 26 Tiago repete o que disse no v. 20 apenas para ser enfático.
Versículo chave: “Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?”
(Tg 2. 20).
Tema teológico abordado: A salvação e a transformação do caráter e do comportamento andam
juntas.
Aplicação pessoal: As obras referidas por Tiago são os atos praticados em nome da fé.
Ou seja, sem obras a fé não vale nada. É hipocrisia.
CAPÍTULO 3
* O homem “perfeito” (3:1-12)
Apesar de todos esses problemas que demonstravam imaturidade
espiritual desses crentes, Tiago notava que muitos deles se achavam que
podiam ser mestres (v. 1; Mt 23. 8), no entanto eles nem sabiam parar de falar
o que não era apropriado (v. 2; Rm 2. 20, 21), eles eram piores que cavalos,
pois ao menos estes conseguiam ser domados (v. 3; Sl 32. 9). Suas vidas eram
como navios desgovernados no meio de uma tempestade onde o leme foi esquecido e
o barco ficou sem direção (v. 4). O costume de muitos usarem sua pequena língua
de má forma tem provocado grandes confusões (v. 5; Pv 10. 19), esse poder
maligno da língua vem do inferno (v. 6; At 5. 3).
A língua é um membro difícil de controlar, pois
nela está algo de muito mal, como peçonha de cobra (v. 8; Sl 140. 3). Ela foi
feita para dizer coisas boas mas as vezes fala coisas más (v. 9; Sl 62. 4).
Deus não se agrada disso (v.10; Sl 12. 3, 4).
A questão da língua é séria pois é ela que
demonstra o que somos por dentro (Mc 7. 21-23; Lc 6. 45), ela mostra se em
nosso interior tem “água doce ou amargosa”(v. 11), já que só produzimos o
que nossa natureza nos impele a fazer e não podemos ser maus e
fazer o que é bom. Quem é mal faz o mal (v. 12; Mt 7. 18).
* O homem sábio e entendido (3:13-18)
Para Tiago a sabedoria, assim como a fé, só
pode ser mostrada pelo bom comportamento da pessoa que afirma possuí-la (v. 13;
Ec 8. 5). Abrigar no coração amarga inveja e sentimento
faccioso é não conseguir camuflar a falta de sabedoria (v. 14; Pv 14. 30).
Por mais que a pessoa tente fingir que é sábia, se tiver esses
sentimentos, ela possui uma mera sabedoria terrena, animal e diabólica. Tiago
fala abertamente que essa sabedoria não é do alto, isto é do Céu,
de Deus (v. 15; 1Co 3. 3). Pois a sabedoria verdadeira gera coisas boas (v. 18;
Pv 11. 18, 30), mas a sabedoria carnal e pecaminosa e cheia de inveja só gera perturbação
e toda obra perversa (v. 16; 1Jo3. 12). A
sabedoria verdadeira tem características claras que a diferenciam da sabedoria
carnal (v. 17). Ela está fundamentada na justiça (v. 18).
Versículo chave: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom
trato, as suas obras em mansidão de sabedoria” (Tiago 3. 13).
Tema teológico abordado: A ética cristã prática é a forma mais eficiente de se demonstrar a
fé.
Aplicação pessoal: Falar é fácil, fazer é que é difícil. Lançar palavras ao vento é
costume de quem não é sábio de verdade. Mas quem é realmente sábio demonstra
isso no seu dia a dia, na sua vida prática e nos seus relacionamentos, seja no
trabalho, escola, família ou vizinhança.
CAPÍTULO 4
* O homem infiel (4:1-10)
O mundanismo é um problema grave na igreja, ele nos faz:
(1) Gerar
guerras e pelejas no seio da igreja, devido a falta de espiritualidade
(v. 1; Jr 17. 9);
(2) Ter
as orações impedidas por causa de objetivos egoístas (vv. 2, 3; Sl 66. 18; Pv
21. 13).
(3) Trair
a aliança de fidelidade com nosso noivo, Jesus Cristo (v. 4; Is 57. 3; Mt 12.
39; 16. 4);
O Espírito Santo tem ciúmes (zelo, cuidado) de nós e não quer que nos
misturemos com o mundo (v. 5) mas que recebamos as bênçãos de Deus. Para isso
devemos eliminar os traços do mundanismo em nós, com as seguintes atitudes:
(1)
Sermos mais humildes para recebermos mais graça (v. 6; Sl 138. 6; Pv 3.
34; Mt 23. 12);
(2)
Resistir ao diabo, nos submetendo a Deus (v. 7; 1Pe 5. 8, 9);
(3) Nos
aproximar de Deus com as mãos (as práticas) limpas e com o coração
(consciência) purificado (v. 8; Sl 15. 1, 2);
(4)
Sentir tristeza e arrependimento pelo pecado e a vida espiritualmente morna (v.
9; Sl 119. 67, 71);
(5) Pedir
a misericórdia de Deus e a renovação da aliança (v. 10; Sl 51. 10; Lm 5.21; Rm
12. 1,2).
* O homem que sabe o bem que deve fazer e não o faz
(4:11-17)
O mundanismo atacado por Tiago nos versículos 1-10 é aqui demonstrado e
exemplificado através de exemplos de atitudes erradas e por isso, pecaminosas
(1Jo 3. 4; 5. 17). Falar mal do seu irmão e julgar a seu irmão equivale
a falar mal da lei e julgar a lei, pois nosso dever é obedecer a lei
que nos diz para amar ao nosso próximo. Quando desobedecemos a este mandamento,
damos a entender com esse comportamento que a lei é fraca, desprezível e ignorável
e isso traz a acusação de Tiago, que assim se dirige para os que fazem isso: “já
não és observador da lei mas juíz” (v. 11), segundo Tiago quem
desobedece a Lei está se colocando acima dela e julgando a Lei que ordena para
não se fazer esse pecado de falar mal uns dos outros. Tiago exorta que a igreja
mude de atitude e afirma que “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar
e destruir. E então faz a pergunta: “Tu, porém, quem és, que julgas a
outrem?”(v. 12). Aqueles irmãos se achavam tão justos e sábios
que se colocavam no lugar de Deus para pronunciarem condenações mútuas. Jesus
condenou esse tipo de julgamento (Mt 7. 1).
Os planos que fazemos também podem mostrar atitudes erradas, quando nos
esquecemos de consultar a Deus e de lhe dedicar nosso caminho para
Ele dirigir (vv. 13-15). Essa atitude é originada pelo pecado da presunção
que faz a pessoa esquecer-se que a vida é frágil, como um vapor que aparece
por um pouco e depois se desvanece (v. 14; Tg 1. 10; Sl 39. 5; 89. 47). A
atitude certa é colocar a vontade de Deus em tudo, até nos menores planos, pois
somente com sua bênção podemos viver para fazer o que desejamos,
se isso antes for da vontade de Deus (v. 15; Pv 16. 1; 17. 21; 27. 1;
1Co 16. 7).
Esquecer-se de colocar Deus em nossos planos é uma atitude que revela orgulho (vos
gloriais em vossas presunções), uma atitude muito errada, pois essa atitude
é maligna (v. 16; Sl 52. 1-7; Lc 12. 15-21). E se sabemos fazer o que é
bom, mas cruzamos os braços, pecamos da mesma forma, pois se omitir do dever de
fazer o bem é tanto pecado quanto fazer ativamente o mal (v. 17; Lc 12.
47, 48).
Versículo chave: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4. 10).
Tema teológico abordado: A influência maligna do mundanismo e a firmeza que o crente tem
que ter para conservar seu caráter imaculado.
Aplicação pessoal: O mundo tem uma amizade a oferecer. No entanto a amizade com Deus é bem
melhor, sem dúvida (1Jo 2. 15 – 17). Não é possível amar a Deus e ser amigo do
mundo ao mesmo tempo (Lc 16. 13).
CAPÍTULO 5
* O homem opressor (5:1-6)
Os ricos oprimindo os pobres
volta a ser assunto na epístola, só que desta vez, no capítulo 5 assume um
caráter mais geral (veja Tg 2. 6, 7). Nos versículos 1 a 6 Tiago assume um
papel profético sentenciando os ricos opressores a receberem o castigo que
sobrevirá sobre eles e os conclama a se arrependerem, chorarando por suas
misérias (v. 1; Ap 3. 7), lembrando-os que as suas riquezas e suas roupas
caras nada valerão no dia do juízo quando estiverem diante de Deus (v. 2), bem
assim como o ouro e a prata que possuem, as quais darão
testemunho de que eles amavam o mundo e não a Deus (v. 3; Mt 19.
21-24). A opressão praticada por esses ricos é definida nos versículos 4 a 6.
Eles:
(1) Defraudavam seus trabalhadores, minguando seu
pagamento, o que fez os trabalhadores clamarem por justiça ao Senhor (v. 4; Lv
19. 13);
(2) Viviam na luxúria do pecado e nos excessos,
como um boi que se engorda para o dia da matança (v. 5; Jó 21. 11-15);
(3) Eles faziam o que queriam com seus
trabalhadores, até mesmo condená-los a morte (v. 6).
O TRECHO
SEGUINTE É O QUE SERVE DE BASE PARA A ÚLTIMA LIÇÃO DO NOSSO 3º TRIMESTRE DE
2014 – A ATUALIDADE DOS ULTIMOS CONSELHOS DE TIAGO.
NESTA PARTE O
LEITOR ENCOTRARÁ MATERIAL IGUALMENTE PROVEITOSO PARA SEU ESTUDO DA LIÇÃO.
* O homem perseverante (5:7-12)
Já perto de
encerrar sua epístola, Tiago começa a dar seus últimos conselhos:
(1) Sobre a paciência (v. 7; Rm 8. 25; 15. 4);
(2) Sobre fortalecer o coração (v. 8; Sl 27. 14);
(3) Sobre não falar mal uns dos outros pra não ser
condenado (v. 9; Mt 6.14, 15);
(4) Sobre a aflição (v. 10; Mt 5. 12);
(5) Sobre suportar o sofrimento (v. 11; Jó 1. 22;
23. 10);
(6) Sobre a proibição dos juramentos (v. 12; Mt 5.
33-37; 23. 16-22).
* O homem de fé (5:13-20)
Somos todos sujeitos às aflições, e
Tiago afirma que uma das formas de enfrentá-las é orando (v. 13), bem
como expressar sua alegria ao cantar louvores. Tiago descreve o
procedimento para alcançar a cura, em caso de enfermidade:
(1) Chamar os presbíteros para receber uma unção
(v. 14);
(2) Receber a oração para o perdão dos pecados e a
restauração da saúde (v. 15; Jo 5.14);
(3) Para a cura ser efetiva deve-se confessar os
pecados (v. 16; Is 33. 24; Mt 9. 2-6; 1Jo 5. 16), pois a oração de um
justo pode muito em seus efeitos.
E sobre o poder da oração de um justo,
Tiago dá o exemplo do profeta Elias, que era uma pessoa sujeita às mesmas
fraquezas humanas como nós, mas foi grandemente usado por Deus para trazer um
avivamento e arrependimento a Israel (vv. 17-18).
Tiago encerra sua epístola
com dois últimos versículos (vv. 19-20), falando do valor de uma alma que
precisa de salvação. Ele diz que a evangelização é dirigida não só a multidões,
mas tem a mesma importância se alguém conseguir alcançar uma só pessoa,
fazendo-o sair do seu mau caminho para ser salvo em Cristo. Esta simples, porém
valorosa atitude salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de
pecados.
Versículo chave: “Elias era homem sujeito às mesmas
paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis
meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5. 17).
Tema teológico abordado: A oração na prática devocional
cristã.
Aplicação pessoal: De acordo com Tiago, a fé deve ser
praticada e não só algo teórico e intelectual. A oração é uma as coisa que Tiago
fala que deve ser sempre praticada pelo cristão fiel. Tiago aborda o valor
da oração dizendo que ela:
(1) Tem o poder de alegrar o aflito (v. 13a);
(2) Tem o poder de trazer a cura, restauração e o
perdão (vv. 14-16);
(3) Tem o poder de convencer os pecadores do poder
de Deus (vv. 17);
(4) Tem poder de trazer a bênção sobre a terra (v.
18)
CONCLUSÃO
A carta de Tiago
resplandece com a luz da pureza divina. Seus ensinamentos sempre serão límpidos
e conclamarão a igreja em geral e cada crente em particular a lembrar do seu dever
e responsabilidade de ser um verdadeiro representante do Reino de Deus na
terra. A epístola de Tiago nos impõe a seguinte pergunta: Até que ponto estamos
realmente comprometidos com nossa fé e somos transformados pelo evangelho de
nosso senhor Jesus Cristo? Lembremos que “a fé sem as obras é morta” (Tg
2. 26).
Deus vos abençoe.
Toda glória seja dada ao Senhor
Pedro Magalhães Alves Júnior
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