quarta-feira, 3 de setembro de 2014

PREPARADOS PARA A CONQUISTA (Josué 3. 5)

INTRODUÇÃO

Como crentes pentecostais, somos apreciadores de um culto cheio do poder dos céus, onde a adoração é inflamada e a pregação é ardente.

Nós gostamos de festas, cultos de oração e de avivamento e percebemos que muitos cristãos frios que não frequentam a igreja regularmente, quando sabem que haverá festa na igreja com um pregador de fora, saem finalmente das suas casas e vão para a igreja só por causa do movimento, do emocionalismo e da curiosidade em ver alguém novo na igreja.

Quanta diferença com os tempos de antigamente, onde cada crente era uma brasa viva nas mãos do Senhor! (At 2. 42, 43). Aquele tempo onde a igreja primitiva dava seus primeiros passos e vivia seu primeiro amor era um tempo onde nenhum crente era frio, e poucos eram os crentes problemáticos, e esses, logo eram tirados do meio da igreja. (At 5. 1-11; 1Co 5. 5, 13; 1Tm 1. 20).

Nos dias hodiernos os cristãos se acomodaram em se sentarem no banco e ouvir o culto do começo ao fim, como se estivessem num teatro ou num circo, ou olhando a vitrine de um shopping, ou num show de cantores (Ez 33. 31, 32). Esses tipos de “crentes” desejam milagres mas não clamam por sua manifestação; querem prodígios mas não creem neles; querem sentir o poder de Deus enquanto cruzam os braços esperando Deus aparecer e lhes tocar sem o mínimo esforço da parte deles para buscar o dom celeste.

A teologia da prosperidade atrai os ouvidos desses crentes imaturos e carnais, pois sua doutrina fundamental é dizer que quando se tem Cristo como salvador, tudo irá bem e você vencerá as batalhas, apenas com a força da sua “fé e determinação” (2Tm 4. 3). Desta forma, a salvação (2Pe 2. 1) e a santidade (2Tm 3. 5) são colocadas em segundo plano (2Pe 2. 3), e os milagres mais buscados por aqueles que esposam a doutrina distorcida da prosperidade são aqueles relacionados aos bens terrenos (1Tm 6. 5), onde os tesouros são corruptíveis, efêmeros e passageiros (temporários) Mt 6. 20.

Este mal da doutrina errônea da prosperidade que faz os crentes olharem apenas para os bens da terra os deixa cegos para as coisas do céu e os faz se interessarem em conquistar coisas materiais, apenas (Mt 6. 33; 1Co 15. 19).

No entanto, Deus tem muito mais para nós, que olhamos para o céu (Lc 18. 28-30; Rm 8. 18; 2Co 4. 18).

A mensagem de hoje nos despertará para essa verdade espiritual. Quando nos colocamos nas mãos de Deus para que Ele opere em nós e por nós, podemos conquistar não só as coisas terrenas, mas também as eternas e celestes. As quais são muito mais importantes.

Josué e seu exército são um exemplo disso. Deus lhe deu instruções de como ele poderia conquistar a “Terra Prometida” e essas instruções que são uma estratégia militar de conquista, servem para nós conquistarmos também as promessas de Deus para nós, pois ilustram estratégias espirituais para conquistarmos nossa vitória na vida espiritual e consequentemente, em outras áreas.

Então, vejamos o que é preciso para estarmos capacitados para alcançarmos a desejada conquista.



                        I.        PARA CONQUISTAR, É NECESSÁRIO UM PLANO (Mapa - a direção do Espírito)

O mapa é uma ferramenta essencial para conquistar o território inimigo. Devemos conhecer o lugar que vamos atacar antes de atacá-lo e é no mapa onde vemos os pontos vulneráveis onde podemos atacar primeiro.

As informações que o mapa exibe servem para nos direcionar melhor e criarmos melhor um esquema de ataque, que nos facilitará a conquista. Ninguém numa guerra chega logo atacando, mas antes, traça um plano, uma estratégia, e o mapa é fundamental para isso, bem como outras ferramentas (Lc 14. 31; veja Pv 20. 18).

Deus deu a direção a Josué, como um mapa que mostrava onde ele deveria ir e quais instruções ele deveria seguir a risca para ter êxito em sua campanha militar de conquista. Esta direção está registrada em Josué 1. 1-3. O território a ser conquistado já estava demarcado no mapa de Deus (Js 1. 4).

A palavra de Deus é nosso mapa (Js 1. 6-9; Pv 6. 23; 2Pe 1. 19). A inspiração do Espírito Santo contida na Bíblia é como uma bússola para a vida do Crente (Sl 143. 10; Is 48. 17; Jo 16. 13. Compare Sl 119. 105 com Lc 1.79)

Muitos crentes se perdem como ovelhas néscias quando deixam de seguir a palavra de Deus (Sl 119. 176; Is 53. 6; Lc 15. 4), mas quem segue a direção de Deus, encontra lugar seguro (Sl 23. 2; veja Is 30. 21; Lc 15.7; Jo 10. 15, 26-28; 1Pe 2. 25). Os que se perderem é porque nunca ouviram a voz do bom Pastor e nunca foram do seu rebanho (Jo 10. 26).

Hoje queremos conquistar mais e mais, mas as vezes nos esquecemos de pedir a direção de Deus e por isso falhamos (Js 6. 2, 20-24; 18, 19; 7. 1-5). Não façamos isso! Guardemos no coração o que Deus nos promete em Sl 32. 8:

Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho

 APLICAÇÃO PESSOAL

PARA TERMOS CONQUISTAs EM NOSSA VIDA Temos que deixar de lado nosso modo de querer fazer as coisas por nós mesmos e seguir a direção de Deus em tudo, confiando que Ele sabe melhor o caminho (Hb 11. 8, 10) do que nós (Mt 15. 14).


                      II.        PARA CONQUISTAR, É NECESSÁRIO TER CORAGEM (Trombeta - a Palavra de Deus)

A Palavra do Senhor está repleta de grandíssimas e preciosas promessas (2Pe 1. 4), e uma dessas promessas era a promessa que Deus havia feito de uma terra para os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12. 1-3). O alvo da conquista era exatamente esse: a Terra prometida.

 A conquista era por meio da guerra, e para guerrear era necessário além do mapa e de estratégia, a coragem de por em prática o esquema estratégico de luta! Veja 1Tm 6. 12; 2Tm  4. 7.

Geralmente os exércitos se posicionavam, atacavam ou recuavam através do toque da trombeta (Is 18.3; 1Co 14. 8) e a trombeta também era usada para convocar o povo (Is 27. 13).

O profeta de hoje é o pregador usado por Deus e a Palavra que ele prega (a Bíblia) é comparada a trombeta, uma mensagem que chama a atenção e serve para preparar o povo para algo importante (Is 58. 1).

Semelhante a promessa de uma terra para Abraão e seus descendentes, Jesus Cristo também nos prometeu uma terra (Jo 14. 2, 3) porém esta terra não é terrena, mas celestial (Fp 3. 20) onde temos uma herança que não enferruja e não perde seu valor nunca (1Pe 1. 4).

Assim como Josué conquistou Jericó com um exército marchando e no sétimo dia só após tocarem as trombetas e gritarem foi que as muralhas caíram e o povo pôde entrar na cidade de Jericó (Js 6. 1-5, 15, 16, 20), da mesma forma nós que tivermos a coragem de servir a Deus, os que abandonaram o mundo por amor ao Senhor e fizeram parte do seu exército, seremos vitoriosos e ouviremos o toque da trombeta, sinalizando a vitória final, e após o toque da trombeta, entraremos na Jerusalém celeste (1Ts 4. 15-17). Aleluia!

Você amigo e irmão leitor, almeja ardentemente alcançar a terra celeste prometida por Cristo Jesus? Pois esforce-se e tenha coragem para lutar e alcançar seus objetivos e conquistar suas metas!  Seja como o atleta citado em 2Tm 2. 5 na versão da Bíblia Viva:


Siga as determinações do Senhor para execução da sua obra, como um atleta que, ou obedece os regulamentos, ou é desclassificado e não recebe prêmio nenhum.

APLICAÇÃO PESSOAL

NA VIDA TUDO É CONQUISTADO POR ESFORÇO, COMO NUMA GUERRA, OU NUMA CORRIDA. PARA ALCANÇARMOS O PRÊMIO DOS VENCEDORES É NECESSÁRIO LUTARMOS E NOS ESFORÇARMOS (LC 16. 16).

                   III.     PARA CONQUISTAR É NECESSÁRIO TER UM GENERAL (O Anjo do Senhor – Jesus)

O Senhor estava na frente do exército comandado por Josué. Se Josué era o comandante dos exércitos de Israel, quem era o General? A Palavra de Deus conta-nos do encontro do comandante Josué com o General (Príncipe do Exército), pouco antes da conquista de Jericó (Js 5. 13-15), quando Josué recebeu instruções do General de como atacar a cidade em Js 6. 2-5.
Deus era o general, enquanto Josué era o comandante. Se o comandante obedecer o seu superior, o general, tudo irá bem!

A Bíblia chama aquele ser que apareceu a Josué de “Anjo do Senhor”, e mostra Josué adorando-O, mas anjos não aceitam adoração (Ap 19. 10; 22. 8, 9), no entanto aquele Anjo aceitou.  Isso mostra que Ele era um “anjo” especial, diferente, pois sempre que Ele aparece, é chamado de “Anjo do Senhor” com iniciais maiúsculas. Isso nada mais é do que a indicação que não se tratava de um anjo comum, mas de Deus, o próprio Senhor. Era a aparição de Deus em forma visível, o que era chamado de Anjo do Senhor, mesmo Ele não sendo um anjo, mas um MENSAGEIRO (Jo 12. 50). Este acontecimento é teologicamente definido como uma teofania, ou seja, uma aparição visível de Deus. Como a Bíblia diz que nunca ninguém viu a Deus, mas Jesus é quem o revelou (Jo 1. 18; 5. 37; 12. 45; 14. 9) então depreende-se que a pessoa vista por Josué era o próprio Jesus, pois Ele mesmo chama-se de Príncipe (Deus, o Filho), todo príncipe tem um pai que é Rei (Deus, o Pai). Então, no caso, era uma cristofania mais definidamente falando, uma aparição de Jesus antes de se encarnar (Jo 12.39-41).

Geralmente o general, era o próprio líder ou rei daquele povo, que sempre ia a frente do seu exército, quando eclodia a guerra, junto com o comandante, igual o Rei Davi e o comandante Joabe (2Sm 3. 22; 10. 7). Jesus também vai na nossa frente para nos dar exemplo 1Pe 2. 21 (Compare com Sl 68. 7, 8).

 Você deseja permitir Jesus ir na sua frente da sua vida como um general vai na frente do seu exército? Então faça o que está ordenado em Mt 16. 24 e a sua conquista estará garantida!
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me
                                          
                                         APLICAÇÃO PESSOAL

Querido irmão leitor, tens tu seguido a direção, plano e ordem do general Jesus Cristo? Saibas que se não o fizeres assim, certamente fracassarás (Jo 15. 5).

                     IV.        PARA CONQUISTAR É NECESSÁRIO SE PREPARAR (Treinar e saber usar as armas - santificar-se)

Este versículo tema da mensagem (Js 3. 5) foi uma ordem dada a Josué para o povo se preparar (isto é, se santificar) para o dia seguinte, quando Deus faria alguma coisa maravilhosa, (ou seja, um milagre), que o contexto nos mostra que esse milagre refere-se a travessia do povo de Israel a pés enxutos, pelo rio Jordão (Js 6. 14-17).

Deus não opera onde existe pecado. O pecado traz o afastamento da presença de Deus (Is 59. 2) e consequentemente a derrota (Js 7.1 -13).

Quando Israel perdeu a batalha contra a cidade de Ai, Deus disse que foi por causa do pecado de um só que enfraqueceu todo o povo, pois foi por esse pecado que o Senhor se afastou de toda a nação. A presença do Senhor só voltou depois que o culpado, Acã, foi eliminado, ele e toda sua família com seus pertences (Js 7. 14 – 26).

Já pensou se todo crente em pecado na igreja fosse descoberto e morto? Mas no tempo da graça não é mais assim. Agora o Senhor nos manda que nos santifiquemos ao matarmos em nós mesmos o nosso próprio “eu carnal” para que o nosso “eu espiritual” possa viver (Rm 8. 13; 1Co 9. 27; Gl 2. 20; 5. 24; Cl 3. 5-8; 1Pe 1. 22).

 Um crente santo é uma arma nas mãos de Deus (2Tm 2. 21) como um vaso que traz uma tocha acesa dentro de si (Jz 6. 17-23) e pode fazer maravilhas em nome do Senhor (At 4. 33) e conquistar o impossível (Mt 17. 20). A Palavra de Deus compara o crente a um soldado (1Tm 1.18; 6.12) e esse soldado tem armas espirituais (Ef 6. 13-18). Um crente assim preparado estará em condições de vencer qualquer luta!

Lembremo-nos do que Paulo nos adverte em Ef 4. 22-24, na Nova Tradução na Linguagem de Hoje:

“Portanto, abandonem a velha natureza de vocês, que fazia com que vocês vivessem uma vida de pecados e que estava sendo destruída pelos seus desejos enganosos. É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que é parecida com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele. ”

 Aplicação pessoal

Santificar-se é estar capacitado para usar as armas santas de Deus. Todo soldado tem seu treinamento para melhor conhecer e saber na prática como manusear melhor sua arma. A santificação é a prática da Palavra de Deus. A melhor maneira de manusear a Bíblia não é colocando-a debaixo do braço ao ir para a igreja e depois, ao chegar em casa, colocá-la na estante, mas praticar a palavra é que é a melhor forma de usá-la e ser usado por deus!

CONCLUSÃO

 Quem passa por esse treinamento e sabe manejar bem sua arma terá sempre vitória nas suas conquistas. A arma do crente é a Palavra da verdade (2Tm 2. 15) quando praticamos a Palavra de Deus somos capacitados para vencermos qualquer coisa (2Tm 3. 16, 17).

Temos a promessa da terra prometida (o céu) e assim como o povo de Israel que teve que se santificar para passar o Jordão e iniciar a conquista da terra, assim o crente, para entrar na “terra prometida”, deve também estar santificado 1Co 9. 25 Ap 21. 27.

Então santificai-vos hoje, igreja do Senhor! Pois daqui a pouco pode se dar a vinda de Jesus Cristo! Aleluia!

Concerta-te com Deus ó crente frio e desviado. E tu, ó descrente, o que esperas para aceitar o General vitorioso para trazer vitórias na tua vida derrotada pelo pecado?

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

·         Você está disposto a fazer o que Deus quer que você faça para poder conquistar o que Deus tem pra você?

·         As vezes que você fracassou em conquistar algo, foi porque você não ouviu a direção de Deus? Ou porque nem O consultou e quis seguir seus próprios planos carnais?

·         Deus tem mesmo o primeiro lugar na sua vida a ponto de você seguir Sua Palavra em todas as áreas da sua vida, a fim de que Deus te abençoe tudo o que você fizer?


Escrito por
Pedro Magalhães Alves Júnior  
(99) 8173-5536 ou (99) 3641-0355

TODA GLÓRIA E HONRA AO SENHOR

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