
TEXTO ÁUREO: "Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes” (Dn 2.20, 21).
VERDADE PRÁTICA: Deus intervém na história
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Daniel 2. 12-23
PALAVRA CHAVE: INTERVIR – Interpor autoridade, usar de poder de controle (sobre).
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INTRODUÇÃO
Nesta presente lição iniciaremos os estudos das primeiras profecias encontradas no livro de Daniel. O capítulo 2 deste livro fatíloquo refere-se ao sonho do rei Nabucodonosor, que ele teve entre 603 a 602 a.C.
Sendo este um sonho de caráter profético, traz em seu conteúdo revelações importantíssimas no panorama profético e escatológico do que Deus reservou para as nações em seu plano e propósito eterno de salvação (Jó 33.14-18). Estas revelações são fundamentais para o estudante das profecias divinas da Palavra de Deus, pois a interpretação deste sonho de Nabucodonosor em si é um resumo profético da história humana, a começar dos dias de Daniel, englobando nossos tempos modernos e indo além disso (Dn 2. 28), ao mostrar o estabelecimento do Reino eterno celestial, no fim dos tempos (Dn 2. 44). É exatamente por isso que Daniel se assemelha tanto ao Apocalipse de João, por abarcar em suas revelações tanto o passado quanto o presente e o futuro.
I. O SONHO PERTURBADOR DE NABUCODONOSOR (Dn 2.1-15)
Deus usa os sonhos pra falar e se revela por visões também (Nm 12.6), mas as coisas do Espírito de Deus o homem natural não entende nem discerne (1Co 2. 14), por isso que Daniel, o fiel servo de Deus, foi quem o Senhor escolheu para revelar qual o sonho e a interpretação ao rei, evitando assim a morte de muitas pessoas, inclusive a do próprio Daniel.
1. O tempo do sonho (v.1). Diz o primeiro versículo de Dn cap. 2 que o Rei teve seu sonho no segundo ano de seu reinado, e que Daniel se apresentou diante do rei para interpretar seu sonho nesse mesmo ano. Isso se choca com o fato de que é dito que Daniel e seus amigos ficariam por três anos sendo treinados, educados e sustentados pelo rei Nabucodonosor e só depois de três anos é que veriam o rei. O pastor Elienai Cabral, comentarista deste trimestre, afirma nesta lição escrita por ele que: "Segundo estudiosos do Antigo Testamento, tanto os judeus quanto os babilônios contavam as frações de um ano como ano inteiro”. Ele está errado. O pastor Elienai Cabral infelizmente se equivocou novamente (Veja nosso comentário da lição 2). Na verdade os judeus contavam partes de anos como anos inteiros e os babilônios contavam diferentemente, pois o primeiro ano de reinado de um rei (chamado de “ano da ascensão ao trono”) não era contado.
Historiadores indicam que Nabucodonosor assumiu o trono babilônico não oficialmente quando seu pai, Nabopolassar, em 12 de agosto de 606 a.C., faleceu na Babilônia quando Nabucodonosor voltava da batalha onde foi vitorioso contra o faraó Neco, em Carquemis. Nabucodonosor assumiu o trono nesse ano, mas só foi oficialmente declarado rei em 6 de setembro de 605 a.C, pouco tempo depois de trazer a primeira deportação de judeus para a Babilônia, e foi aí quando Daniel e seus amigos vieram para o palácio real (Dn 1. 1-6). Lembramos que Nabucodonosor era já chamado de rei antes de tomar Jerusalém, mas este título era profético, pois na verdade ele era co regente com seu pai Nabopolassar, sendo comandante do exercito Babilônico. Ele se tornou rei oficialmente após tomar Jerusalém, no ano de 605 a.C, como já dissemos e enfatizaremos a seguir.
O Comentário Bíblico Atos - Antigo Testamento, págs. 753, 754, afirma que os babilônios e judeus tinham uma contagem diferente da contagem dos judeus, visto que:
“Na contagem babilônica, a partir do momento em que o rei assumia o trono até o dia de Ano Novo (em nisã, março/abril) era considerado o "ano da ascensão". Seu primeiro ano começava com o início do Ano Novo (um ano completo). Nabucodonosor ascendeu ao trono em 6 de setembro de 605. Seu primeiro ano foi da primavera de 604 até a primavera de 603”.
Assim sendo, o segundo ano de Nabucodonosor refere-se a primavera de 603 até a primavera de 602 a.C. Podemos então deduzir que Daniel, Hananias, Misael e Azarias só seriam apresentados diante do rei no ano de 601 a.C., que seria o terceiro ano de seu reinado oficial. Mas Daniel foi chamado no ano de 602 a.C, segundo a contagem que Daniel usava que era a contagem babilônica. Veja Dn 1. 1 e compare com Jr 25. 1.
A chamada de Daniel para se apresentar diante de Nabucodonosor ocorreu porque ele mesmo se ofereceu para falar a interpretação do sonho ao rei. Depois do ocorrido, possivelmente Daniel continuou normalmente seu treinamento até o fim, mesmo após o rei tê-lo exaltado depois de Daniel dar a revelação do que seria e o que significava o sonho do rei Nabucodonosor.
Portanto, o pastor Elienai Cabral, após afirmar que tanto os judeus quanto os babilônios contavam as frações de anos como anos inteiros está errado. Mas em seguida ele faz uma contradição maior, escrevendo que "Por isso, a vigência do terceiro ano para a cultura do reino de Judá era o segundo ano do reinado de Nabucodonosor”. Ora, como pode ser isso, sendo que o Pr. Elienai acabou de dizer que eles tinham contagens iguais? Logicamente se para os babilônios era o segundo ano, para Judá tinha que ser também! Se fosse o terceiro ano para Judá, tinha que ser para a Babilônia também, já que segundo o Pr. Elienai Cabral eles contavam os anos igualmente. O que na verdade não é assim, como vimos acima.
2. A habilidade dos sábios é desafiada no palácio (2.2). Mais uma contradição no comentário do Pr. Elienai Cabral. Ele diz que “Ao esquecer-se do sonho, Nabucodonosor desafiou as habilidades dos sábios palacianos”, em seguida o referido pastor declara “O sonho perturbou o rei, pois Nabucodonosor suspeitava que a simbologia do que sonhara tinha relação com o reino e com o futuro do império(…)”. Eu então pergunto: como o rei suspeitava de alguma simbologia do seu sonho se ele nem lembrava do que sonhara? Para ele se perturbar com o significado simbólico do sonho ele deveria lembrar-se dos símbolos com os quais havia sonhado! Mais uma vez o Pr. Elienai Cabral comete discordância na sua descrição dos acontecimentos do livro de Daniel.
O que preocupou (v. 1 “o seu espírito se perturbou [פעם pa Ìam, “ser batido, impelido, perturbar por algo”]) o rei Nabucodonosor não foram os símbolos do seu sonho, mas O FATO DE ELE NÃO LEMBRAR DO QUE HAVIA SONHADO!
O pastor Elienai Cabral confunde e mistura duas de algumas das interpretações deste episódio. A confusão ocorre porque ao mesmo tempo ele fala que Nabucodonosor esqueceu-se realmente do sonho (uma das interpretações) e logo após insinua que ele estava testando os seus magos, sábios, astrólogos e adivinhos, pois lembrava-se do sonho, da simbologia mas queria saber se seus sábios realmente podiam adivinhar o que ele sonhou e a interpretação da simbologia que ele viu ao ter aquele sonho tão misterioso e perturbador.
Ou uma coisa ou outra: ou ele lembrava-se do sonho e queria testar seus sábios ou ele não lembrava e se perturbou exatamente por sentir que o sonho era importante, mas que lhe havia escapado da memória. Não temos como saber com certeza qual das duas interpretações está correta. Se o Rei lembrava-se do sonho e ao Daniel descrever cada detalhe o rei mentalmente ia se impressionando, pois era exatamente aquilo que ele lembrava de ter sonhado. Mas se o rei não se lembrava do sonho, ao Daniel contar qual sonho e sua interpretação, o rei ia lembrando-se através de cada detalhe revelado por Daniel.
Possivelmente o rei lembrava-se do sonho, pois ele provavelmente queria testar seus sábios e teria dificuldade de lembrar do sonho mesmo que Daniel o contasse, se realmente o tivesse esquecido.
No versículo 2 os vários tipos de serviçais que o rei mandou chamar para lhe contar o sonho que sonhou e sua interpretação são referidos como os magos, que eram peritos nas artes ocultas, os astrólogos deveriam ter acesso ao conhecimento sobrenatural por meio do estudo dos céus, os encantadores eram manipuladores de poderes sobrenaturais por meio da feitiçaria, e os caldeus eram os líderes de uma casta sacerdotal na sociedade babilônica (Comentário Bíblico Beacon, Volume 4, pág. 506. CPAD). Todos esses tipos de “sábios” tinham algum contato com as forças demoníacas do ocultismo e feitiçaria (Dt 18. 9-14).
3. O fracasso da sabedoria pagã (2.3-13). O diabo não tem como saber o que só Deus sabe e deseje revelar (Dt 29. 29; Pv 25.2; Am 3. 7; M 12. 32; Ef 1. 9; 3. 5). O rei propôs aos seus sábios algo parecido como um enigma (Dn 2. 1-11). Mesmo o rei ameaçando os seus sábios de lhes despedaçar e usar suas casas como depósito de lixo (“monturo, v. 5)”, quando estes disseram ser impossível de saber o que o rei lhes perguntara, sobre qual sonho ele teve e qual o significado desse sonho, ainda assim os sábios não puderam dizer o que o rei solicitou. Então o rei concluiu que eles não eram tão sábios assim e que os poderes deles eram limitados, ou seja, os deuses que eles pediam para lhes dar poder de adivinhar não tinham poderes de nada. Esses “sábios” não passavam de mentirosos espertos, segundo o próprio Rei, que deles afirmou: “Bem sei eu que vós quereis ganhar tempo” (v. 8) e “vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo” (v. 9) por isso o rei mandou matar a todos eles, incluindo o próprio Daniel, que fazia parte dos sábios do rei, mesmo ainda estando em treinamento no palácio (Dn 2. 12, 13).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O rei desafiou a habilidade de seus sábios, não revelando o conteúdo do seu sonho. Os sábios tentaram, mas não conseguiram revelar o sonho do monarca e seu significado
PARE E PENSE
Você é do tipo de crente que acredita em signos e astrologia? Você já deixou alguma vez alguém ler sua mão, ou jogar búzios para você saber seu futuro? Saiba que isso, além de ser pecado é o mesmo que buscar direção em outros deuses (falsos). Estas práticas ocultistas existem há milênios desde os tempos da Babilônia e sempre foram atitudes de um contexto pagão e idólatra em que se acreditava na força de espíritos ou de poderes dos astros e que eles influenciavam o destino das pessoas.
Uma vez um jovem crente estava andando num calçadão de frente a uns Shoppings quando uma cigana que abordava os transeuntes lhe parou e disse:
- Deixe-me ler seu futuro, me dê sua mão.
Ela foi falando e pegando logo na mão do rapaz. Ele recolheu sua mão dela antes dela começar a ler e disse a ela: – Não precisa ler minha mão senhora, pois eu já sei meu futuro.
- Como assim você já sabe seu futuro sem precisar que eu te revele? Perguntou ela, admirada e ao mesmo tempo curiosa.
- Eu sou crente. Pertenço a Cristo e Ele já me mostrou como serão meus dias e como será meu futuro.
- Ah é… e como serão seus dias, seu futuro? Perguntou ela, um tanto debochadamente e incrédula.
Então o jovem mostrou-lhe no celular, no aplicativo da Bíblia, uma passagem bíblica, e foi lendo para ela, dizendo:
- Aqui está meu futuro, dona: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR por longos dias.” (Salmos 23. 6).
II. A ATITUDE SÁBIA DE DANIEL (2.16-30)
Daniel e seus amigos demonstram na prática o poder de uma vida de oração e o valor da sabedoria e da prudência que se baseia no temor ao Senhor (Pv 1. 7). Este bom comportamento e a confiança na resposta do Senhor livra da morte e traz revelações de Deus!
1. A cautela de Daniel (vv.16-18). Falta-nos hoje em dia jovens tão fieis, sábios, prudentes e confiantes em Deus quanto o jovem Daniel e os seus amigos. Eles se mantinham em contato direto com Deus e mesmo que estivessem num lugar onde a influência era negativa, eles não se contaminaram nem com os costumes, nem com o modo de pensar deles, nem com as comidas e bebidas deles, mas conservavam a comunhão com Deus através da oração. E foi pela oração que eles conseguiram a misericórdia de Deus para saberem qual o sonho do rei e a interpretação do mesmo.
A sabedoria de Daniel consistiu em ele pedir de forma prudente tempo para dar a resposta ao rei e a forma com a qual ele solicitou isso ao capitão da guarda, Arioque, respeitosamente. A Bíblia diz que “Daniel falou avisada e prudentemente” (Dn 2. 14). Avisada (Heb. עֵטָא `eta') e a palavra prudentemente (Heb. טְּעֵם t`em) podem ser traduzidas, respectivamente como “Daniel falou de forma prudente (sábia) e discreta”. Logo após ele entrou na presença do rei e pediu um tempo para revelar o que o rei desejava (v. 16) então Daniel se dirigiu para sua casa e mandou chamar seus amigos Hananias, Misael e Azarias para lhe fazerem companhia em oração (v. 17) e esta reunião tinha um só objetivo (v. 18). Note que no v. 18 a interpretação é chamada de uma palavra aramaica ( רז raz ) mistério (ARC) ou segredo (ARA), pois a sabedoria humana jamais seria capaz de descobrir o que só Deus poderia revelar aos seus servos.
Jovens servos de Deus, sejam fieis ao Senhor! Que seu objetivo seja servi-lo e buscá-lo. Isso prolongará suas vidas.
2. Deus ainda revela mistérios (vv.19-27). O louvor de Daniel a Deus após a revelação do sonho de Nabucodonosor é a coisa mais natural a ter sido feita. Daniel não louvou a Deus porque se surpreendeu com a resposta do Senhor, mas porque se alegrou em Deus ter mais uma vez ouvido seu pedido de socorro e ter mostrado seu poder e sabedoria ao seu servo. Mais uma vez a vida de seus servos foi livre pelo poder de Deus, pois só Deus e mais ninguém podia dar a resposta esperada pelo rei (v. 27).
3. O caráter profético do sonho de Nabucodonosor (vv.28, 29). O sonho de Nabucodonosor era uma revelação do próprio Deus para lhe trazer uma mensagem que ultrapassaria seus dias. Nabucodonosor teve o sonho mas não entendia seu significado. É aí que entra o profeta Daniel, dando testemunho do poder e sabedoria de Deus acima dos deuses e dos sábios da Babilônia. Daniel colocou o mérito em Deus, e afirmou que ele não tinha poder de revelar nada, mas o que ele diria ao rei era algo que Deus o revelou para dizer. Assim sendo, a revelação do sonho, bem como sua significação eram revelações diretas de Deus para Nabucodonosor. Daniel não interpretaria com sabedoria humana o sonho que Deus revelou, pois até a significação do sonho foi dada por Deus a Daniel.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Daniel foi sábio e humilde ao pedir a ajuda do Todo-Poderoso, pois somente Ele tem poder para revelar o futuro
PARE E PENSE
Certa vez um jovem descrente chegou a tenda de uma vidente que trabalhava num circo e preocupado falou a ela:
- Quero que você veja meu futuro na bola de cristal.
- Mas o que você quer saber, especificamente?
- Quero saber o dia da minha morte. Pois eu sou pai de família e quero saber quando será minha partida, pra poder me preparar e deixar minha família amparada, desejo fazer meu testamento e um seguro baseados nessa informação.
- Mas eu não posso te mostrar isso, pois isso só Deus sabe! Disse a tal "vidente".
- Quer dizer que o que você revela na bola de cristal não é de Deus? É por isso que não pode revelar tudo não é? Pois só Deus é quem sabe disso e você não tem como saber.
Ele então sem dizer nada, saiu daquela tenda, saiu daquele circo e foi buscar a Cristo em uma igreja. Mesmo que ele não soubesse o dia da sua morte, ele então, com Cristo estaria seguro quando ela chegasse.
Assim era a sabedoria limitada dos “sábios” da Babilônia. E também é a dos astrólogos e ocultistas modernos. O interessante é que tem pessoas que não querem acreditar em Deus, mas acreditam nessas superstições inúteis.
III. DANIEL CONTA O SONHO E INTERPRETA-O (2.31-45)
Agora nesta seção, passaremos a detalhar o significado do sonho de Nabucodonosor, de acordo com a descrição e interpretação expressados por Daniel, como foram revelados a ele por Deus.
1. A correta descrição do sonho (vv. 31-35). O sonho do imperador babilônico era profético. Nabucodonosor viu uma estátua (v.32) constituída por uma cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e coxas de cobre; pernas de ferro (v.33); e pés de ferro e de barro (v.33). O versículo 34 relata "uma pedra que foi cortada, sem mãos" a qual feriu os pés da estátua, destruindo-a completamente.
Os quatro impérios pagãos, mencionados simbolicamente na profecia já existiram, comprovando a veracidade da visão profética. Todavia, a visão da "pedra que foi cortada, sem mãos" ainda não se cumpriu, pois trata-se do reino universal de Jesus Cristo que ainda não foi literalmente estabelecido.
2. A interpretação dos elementos materiais da grande estátua (2.34-45).
b) "O peito e os braços de prata" (vv.32,39). Trata-se do império Medo-Persa. Os dois braços ligados pelo peito representam a união dos Medos e dos Persas, que ocorreu em 550 a.C. A Medo-Pérsia tomou o controle de Babilônia em 539 a.C, uma profecia já cumprida, ainda nos dias de Daniel (Dn 5. 31, 32).
c) " Ventre e os quadris" (vv.32,39). Um reino unido em um ventre (barriga) e depois dividido em duas coxas era um retrato preciso do império grego. Alexandre o Grande unificou o império e depois da sua morte seu reino foi dividido em duas sedes que ficavam entre a Síria e o Egito. Estes dois lugares tiveram uma importância muito grande na história do povo de Israel.
d) "Pernas de ferro" (v.33,40-43). Refere-se ao império romano que existiu até uns séculos depois de Cristo, tendo sido fundado, segundo a lenda, por Rômulo e Rêmulo (duas peras). Mas estas profecias não falam somente deste império romano, mas também a um império da espécie do romano que será o último império da história, ouseja, o império do anticristo, representado pela mistura entre o ferro e o barro, que não se unem. Esse império terá algo do antigo império romano dos tempos de Cristo (Dn 2. 41). O império romano existiu unificado até o ano 395 d. C, quando Roma se dividiu no lado Oriental e no lado Ocidental (duas pernas).
Os pés de ferro e barro indicam a fragilidade desse império do anticristo, os dez dedos possivelmente são dez reis que estarão sob o comando do anticristo. A mistura entre ferro e barro não ocorre. O império romano redivivo sob o Anticristo, por um lado será poderoso (ferro), mas por outro, frágil e decadente (barro). É esse ultimo império que será atingido pela pedra cortada sem ajuda de mãos, no fim dos tempos.
Os dez dedos falam do império do anticristo. “São dez reinos, como forma ou expressão final do Império Romano, nos últimos dias da presente dispensação, como se vê no versículo 44: "Mas, nos dias destes reis..." Esses dez reis correspondem aos dez chifres do quarto animal de Daniel 7.24 e aos dez chifres da besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Trata-se de um poder político que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir ("era e não é e está para emergir" - Ap 17.8)”. GILBERTO, Antônio. Daniel e Apocalipse, CPAD).
3. "A pedra cortada, sem ajuda de mãos" (2.45). A pedra sempre foi um símbolo de Cristo (Mt 21. 42; At 4. 11, 12; 1Co 10. 4; Ef 2. 20; 1Pe 2. 7, 8). Aqui é dito que ela foi cortada sem o auxílio de mãos, simbolizando sua origem eterna (Jo 1. 1), que sua procedência é divina e eterna, não humana e temporal (Jo 8. 42). A pedra foi atirada nos pés da estátua e esmigalhou toda a estátua (Mt 21. 44), reduzindo-a ao pó. Isso quer dizer que a pedra (Cristo) aparecerá em vitorioso confronto com os impérios (no caso o império do anticristo e seu exército) 2Ts 1. 8, 9; 2.8; Ap 19. 11-20, e logo após de destruir a estátua a pedra cresceu e encheu a terra (Ap 19. 19 - 20. 1-4). Simboliza que quando Cristo vier Ele destruirá o império do anticristo e implantará um império que não tem nada a ver com os outros impérios que já existiram na terra, pois não é na forma humana (como a estátua, que tinha forma humana e falava de impérios terrenos) de governar mas divina.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Com a ajuda do Altíssimo, Daniel pôde revelar o sonho ao rei e a sua interpretação.
PARE E PENSE
Deus é tremendo! Ele revela o que ninguém mais sabe pois só Ele é poderoso e Onisciente! Se houver algo que você não sabe ou não pode fazer não fique se lamentando e esperando o pior acontecer, faça como Daniel e clame a Deus (Tg 1. 5)!
CONCLUSÃO
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